Desde que me conheço por gente eu gostei de ler. Lembro que saí lendo e escrevendo da pré-escola, alfabetizado pela professora Maria Luiza (ou Luísa, não sei).
A partir daí, sempre que podia estava com um gibi da Turma da Mônica em mãos. Inclusive, se me deparo com qualquer exemplar da turma do Limoeiro nos dias de hoje, eu rapidamente o pego para ler.
Os anos foram passando e lembro que na quinta série, com a professora Vilma começamos um tipo de clube do livro, na disciplina de português.
Os alunos falavam quais eram seus livros preferidos e trocavam com os colegas de classe.
Foi nesse ano que eu fui apresentado ao Ziraldo.
O Menino Maluquinho, Uma Professora Muito Maluquinha, Flicts e outras obras, além dos quadrinhos do mesmo autor.
Na sétima série, começamos a ter aulas de literatura com a professora Cláudia e ali o universo literário se expandiu.
Lembro de algumas “leituras obrigatórias” como: Cara Pintada; Quando meu pai perdeu o emprego; Depois daquela viagem…
A partir daí foi um pulo para que eu escolhesse meu estilo de leituras, que hoje é bastante eclético.
Foi mais ou menos nesse período que eu comecei a me aventurar pela internet e criei meu primeiro blog, onde não falava nada com nada.
Os anos foram passando, e a “coleção” de blogs aumentou.
Houve (e acho que ainda há) um tempo, onde a galera queria viver de blog.
Mas aí o papo envolve uma série de estratégias de marketing, nichos e o caralho a quatro.
Lembro saudoso de blogs de amigos e de desconhecidos que lia nas madrugadas.
Com a chegada das redes sociais, os endereços virtuais começaram a minguar, migrando para hashtags, dancinhas, stories e outras baboseiras.
Os textos, gostosos de se ler, deram origem a fotos com frases ou pequenos posts e que na maioria das vezes, são escritos para agradar o algoritmo.
Hoje eu ainda leio dois ou três blogs pelo simples prazer de lê-los e fico feliz que seus “donos” os mantêm no ar.
Além disso, também mantenho esse meu espaço por aqui.
Simplesmente pelo prazer de escrever. Talvez eu tente modificar algumas coisas por aqui em breve, afinal é preciso pagar os boletos e a ração das minhas filhas.
Não, não tenho o objetivo de parecer aquelas pessoas saudosistas que gostam de dizer: “no meu tempo é que era bom”.
O texto de hoje visa apenas lembrar dos tempos em que buscávamos coisas legais para ler e a gente não tinha que engolir na marra conteúdo entregue por meio de algoritmo viciado ou post patrocinado.
São novos tempos, a gente pode não gostar muito, mas é preciso se adaptar.