Já ouvi (algumas vezes) e li (outras diversas) que precisamos saber enxergar a beleza nas pequenas coisas.
Quando somos crianças, não somos capazes de compreender isso.
A partir do momento em que nos tornamos adolescentes, rebeldes sem causas, melancólicos, esse papo não é levado a sério.
Talvez então, seja na idade adulta e com mais afinco na terceira idade que damos valor à beleza nas pequenas coisas.
Há quem diga que quanto mais simples for nossa forma de viver, menos preocupados e estressados seremos.
Entretanto, cada um é livre para complicar sua vida como bem entender. Importante pontuar.
Hoje eu consigo enxergar que, de fato, uma vida simples dá muito menos trabalho, além de proporcionar tranquilidade.
Embora a ambição e a ganância estejam sempre nos rondando, eu no auge dos meus trinta e tantos anos concluí que menos é mais.
E com esse texto de hoje, permito-me ir mais além e quem sabe, influenciar você que me lê neste instante.
Vejo hoje que não preciso de uma casa grande ou de muitos móveis. Dá muito trabalho limpar, além do IPTU ser mais caro.
O mesmo é válido para um carro novo, de alto valor: sua manutenção vai ser dispendiosa, assim como os valores de IPVA e de seguro serão elevados.
Menos é mais e se for trabalhoso, eu tô caindo fora.
Pensar dessa forma tem me ajudado a ver as coisas de maneira mais simples e há algum tempo e me permitido enxergar beleza em coisas para as quais não daria atenção.
Permita-me te contar uma pequena passagem na qual eu pude ver beleza em algo extremamente simples.
Tenho um banco em casa, feito com madeira de demolição. Após alguns anos no sol e na chuva a madeira ressecou, se esbranquiçou e depois de (múltiplos) pedidos da cônjuge para passar verniz no assento, resolvi fazê-lo.
Primeiro olhei para o banco e vi nele uma obra de arte. Afinal, ali havia cálculos, madeiras, toda uma arquitetura impregnada (eu adoro arquitetura).
Em seguida, com apenas metade do banco sob efeito do verniz, ao ver a madeira voltar à vida, me peguei pensando: Que bonito.
Outra coisa que acho particularmente bela são as nuvens e suas formas que se modificam em questão de segundos. Inclusive, falei sobre isso em um outro texto.
Se pararmos para pensar há uma lista infinita de belezas simples.
Um reencontro com um animal de estimação; o/a cônjuge dormindo; encontrar alguém de quem você gosta; ganhar um presente; o cheiro de chuva; assistir o pôr do sol; o ronco de uma motocicleta; os acordes de sua música preferida.
Infelizmente, nem todo mundo é capaz de ver beleza em pequenas coisas.
Talvez porque são simplesmente incapazes de vê-las ou então pelo fato de não apreciar esse tipo de coisa ou situação (e não há nada de errado nisso).
Dostoiewski já dizia: “A beleza salvará o mundo”.
Eu particularmente acho que esse mundão não tem salvação, mas pelo menos os mais atentos ainda podem ver beleza nas pequenas coisas.
Isso! E é muita a responsabilidade de conseguir, através do que produzimos, um despertar daqueles que vêem, de passagem, que tiram selfie pra registrar presença de quem não consegue perceber o que está presenciando.
Existe beleza, mas depende do que lhe afeta. Assisti uma entrevista de um poeta e escritor; estou ouvindo, num curso, sobre chackras e creio que o importante é não se
" cobrir" e sim estar " descoberto" pra buscar, nas relações com o meio, com as pessoas seu propósito e qto a sua opinião, aproveute a chance, pois vc é um dos responsáveis em influenciar e conseguir humanizar os que não vêem a beleza das pequenas coisas.